As intervenções não-farmacológicas podem melhorar a qualidade de vida de pessoas com condições psicopatológicas graves, nomeadamente depressão e demência. Actualmente, uma das linhas de investigação é a de procurar evidência científica (que no caso de algumas técnicas é pequena), e procurar sistematizar o conhecimento desta área que se encontra manifestamente sumamente disperso.
Um dos tópicos acerca deste tópico é acerca os problemas de saúde mental, e as potencialidades das intervenções psicológicas na terceira idade. Basicamente, este projecto visa bem perceber certas condições psicopatológicas, assim como entender tipo de intervenções psicológicas que podem ser mais adequadas como segundo que tipo de psicopatologia e contexto onde se desenvolve a intervenção (muitas vezes em serviços sociais para a terceira idade).
Principalmente em serviços sociais de internamento (como podem ser os Lares de Idosos) se desenvolvem actividades terapêuticas que visam promover as capacidades dos utentes, e neste sentido promover a sua integração social e a sua qualidade de vida. Agora, as actividades terapêuticas não são actividades de animação sócio-cultural ainda que em alguns casos podem ter por base formas de trabalho semelhantes. Estas actividades visam objectivos terapêuticos, e não unicamente de ocupação do tempo livre. Um bom exemplo destas actividades para idosos é o Método de Montessori (quando aplicado a pessoas com problemas cognitivos).
O contexto influencia mais as pessoas idosas que as pessoas jovens. Este projecto pretende desenvolver investigação e materiais associados acerca da avaliação dos ambientes mais favoráveis para a promoção da qualidade de vida da pessoa idosa, sobretudo aquela que tem algum tipo de comprometimento cognitivo e é utente de lar. A nossa orientação é sempre para dar soluções simples para prevenir acidentes, promover a autonomia, e aumentar o grau de orientação espaço-temporal da pessoa idosa.
Pretendemos aumentar o know-how na aplicação de atividades para idosos. Estamos interessados em validar a evidência científica de determinadas actividades terapêuticas em pessoas idosas com sintomatologia depressiva ou com comprometimento cognitivo, e igualmente interessante estruturar um conhecimento na aplicação destas técnicas ao nível da metodologia de aplicação mais motivadora para os utentes, da tipologia de utentes mais adequada para cada tipo de actividade, e dos sistemas de treino mais eficazes para os terapeutas.
Entendemos também importante trabalhar espaços para aumentar a capacidade funcional, a segurançã e a autonomia da pessoas idosos, e neste sentido criar check-lists de avaliação ambiental. O mais importante da área da avaliação e intervenção ambiental é clarificar que tipo de estruturas arquitectónicas e disposição espacial de espaços e móveis, promove mais a qualidade de vida da pessoa idosa, e sobretudo aquelas que não implicam um custo elevado em termos financeiros.